PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO REDE MUNICIPAL DE ENSINO ALAGOINHAS

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Mais Educação

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Proposta de atividade construção do número

A CONSTRUÇÃO DO NÚMERO

Segundo Constance Kamii, "O objetivo para "ensinar" o número é o da construção que a criança faz da estrutura mental do número. Uma vez que esta não pode ser ensinada diretamente, o professor deve priorizar o ato de encorajar a criança a pensar ativa e autonomamente em todos os tipos de situações.
Uma criança que pensa ativamente, à sua maneira, incluindo quantidades, inevitavelmente constrói o número. "A tarefa do  professor é a de encorajar o pensamento espontâneo da criança, o que é muito difícil porque a maioria de nós foi treinada para obter das crianças a produção de respostas certas"

2-Desenvolvimento:
Nós professores, devemos fazer as coisas acontecerem, conduzir as crianças ao pensamento reflexivo, colocando todas as coisas em todos os tipos de relação.
Devemos propor pensamentos com autonomia
Exemplos de atividades desenvolvidas na demonstração dos números.

Boliche
Consiste em contar quantas garrafas será colocado, quantas cada um derrubou quem ganhou etc..

Cartela Quadriculada
Cada jogador (ou cada dupla) tem a sua cartela. Joga o dado e coloca as tampinhas.Ganha quem, preencher a cartela primeiro.

Encaixe de caixas de fósforos
Várias caixas de fósforos; na parte de fora o desenho de quantidades representadas e, na parte de dentro numeral. Separar as caixas nas mesas de trabalho. Ganha o jogo o grupo que encaixar primeiro, combinando os números com suas quantidades respectivas.

Jogo da bandeja
É necessário que cada criança tenha uma bandeja ou caixa de papelão contendo 15 objetos, que podem ser sucatas as mais variadas, e um dado tradicional adaptado com relevo ou de material emborrachado.
Cada criança jogará o dado, na sua vez, retirando de sua bandeja a quantidade de objetos indicadas pelo dado. Ganhará o jogo quem primeiro conseguires vaziar a bandeja.
Pode-se usar o princípio da reversibilidade e da mesma forma encher novamente a bandeja. Também é possível chamar a atenção para o tempo gasto na atividade.

Ovos recheados
 Os materiais necessários são: caixas de ovos, um dado tradicional com um bom relevo e um recipiente com grãos para cada aluno. As caixas deverão ser divididas em fileiras de 6 cavidades que serão marcadas de 1 a 6. Para jogar, cada aluno, na sua vez, lançará o dado e conforme o número indicado, por exemplo, se for 4, ele terá que colocar 4 grãos na cavidade que simboliza o número 4. Ganhará o jogo quem conseguir preencher primeiro todas as cavidades, ou o jogo terminará quando todos concluírem a atividade.

Proposta de Atividade

Proposta de atividades sobre o Sistema de Numeração Decimal

1-    COLEÇÕES
•    Organizar objetos para a contagem
•    Conceber a contagem como recurso para quantificar e comparar quantidades.
•    Interpretar (ler) números;
•    Grafar números;
•    Experimentar diferentes estratégias de cálculo;
•    Estratégias de cálculo;
•    Sequência numérica oral escrita;

O trabalho com as crianças:
- Apresentar às crianças diferentes coleções ( site ).
- Escolha do objeto a ser colecionado.
- Contagem termo a termo.
-Contagem e controle da coleção: diferentes formas de anotar.
- Registro das quantidades: diário e total.
- Problemas a partir das quantidades da coleção.
- Critérios para agupar os objetos colecionados.
-Elaboração de uma tabela.
- Registros nos cadernos.
-Propor situações de cálculo, contagem, registro e leitura de 
 números  em pequenos grupos e com o grupo todo.

2 - A récita e a contagem
- Iniciar a récita a partir de outro número que não seja o 1. Parar de recitar em determinado número. Recitar em ordem crescente e decrescente, de dois em dois, etc.
- Recitar não é contar. Contar é mais que a recitação em ordem numérica. Implica na correspondência termo a termo entre o conjunto dos objetos que vão  ser contados e os  nomes dos números.

Uma criança sabe contar quando:
- Determinar para cada objeto a ser contado uma palavra somente uma, que é o nome do número que devem ser pronunciado numa ordem fixa.
- Reconhecer que o último nomeado da série utilizada durante a contagem corresponde à quantidade total de objetos.
-Reconhecer que a ordem dos conjuntos contados não afeta o resultado da contagem.

3 – “A rua de todo mundo”: As crianças anotam os números das casas em cartões. Na classe organiza “a rua de todo mundo”. Estabelecer critérios.
4 –Trabalho com fita métrica. Ex.: copiar da fita métrica os números terminados em 4 – 5 e 6.  Copiar os números de 2 em 2 até 20.
5 – Jogos diversos: de tabuleiro, pular corda, quicar a bola, amarelinha.
6 - Número oculto.
7- Quadro numérico: Copie do quadro numérico a terceira coluna ou a quarta linha ou a diagonal. Descubra os números que estão ao redor do número 35.
8 – Dia do brinquedo. Contagem e classificação.
9 - Resgatar o vocabulário matemático: sucessor antecessor,  escreva por extenso e não “escreva como se lê”, linha, coluna, diagonal, trocar e não “emprestar”, “vai um”.
10 – Base 10: uso do ábaco aberto, fechado, cartaz de pregas, Material Dourado.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Projeto de Trabalho na perspectiva do Programa Mais Educação


Quais as principais características de um Projeto de Trabalho na perspectiva do Programa Mais Educação?

O Programa Mais Educação busca mobilizar e articular pessoas e recursos para a formação integral dos alunos, favorecendo a integração das diversas iniciativas educativas sob uma adequada concepção de autonomia e parceria. Nesse sentido, o acesso às experiências da vida comunitária e da cidade, o reconhecimento e a valorização da pluralidade de saberes e das distintas formas de conhecimento exige a construção de uma cultura de cooperação e de diálogo, assim como um trabalho coletivo. Na escola, o trabalho pedagógico na forma de Projeto de Trabalho pode contribuir para esses objetivos, porquanto se baseia na ação coletiva, na potencialização de recursos e na descoberta e construção de novas possibilidades de aprender. Os Projetos de Trabalho buscam romper com a desarticulação entre os conhecimentos escolares e a vida real, a fragmentação dos conteúdos, o protagonismo exclusivo do professor nas atividades educativas, a não participação efetiva dos alunos e a avaliação exclusivamente final, centrada nos conteúdos.
De forma geral, podem-se destacar algumas características do Projeto de Trabalho, a partir de algumas questões como: 

Por quê?
  • ressignificar o espaço escolar
  • desartificializar a escola: de auditório para laboratório
  • oportunizar aprendizagens significativas
  • promover a produção e a circulação da informação por diferentes meios e fontes
Para quê?
Romper com
  • o isolacionismo da escola
  • a fragmentação das experiências educativas
  • a desarticulação entre os conhecimentos escolares e a vida real
  • a fragmentação dos conteúdos
  • o protagonismo exclusivo do professor nas atividades educativas
  • a não participação efetiva dos alunos
  • a avaliação exclusivamente final, centrada nos conteúdos assimilados

Como?
Articulando e integrando
  • conteúdos disciplinares
  • problemas contemporâneos
  • concepções dos alunos
  • interesses de estudantes e professores
  • diferentes espaços da comunidade e da cidade
  • tempos e espaços, diferentes saberes e educadores
  • políticas públicas e ações locais
Os Projetos de Trabalho favorecem a organização de um currículo integrado, não fragmentado, sem o isolamento das disciplinas; a produção e circulação de informações por diferentes meios e fontes; o papel do professor como problematizador; o diálogo e a atitude de escuta; a auto direção do aluno e a avaliação enquanto referência de avanço educativo para alunos e professores.

O tema de um Projeto pode ser escolhido a partir:
● de uma experiência comum do grupo
● do currículo formal
● de fatos da atualidade, eventos de impacto, fatos do cotidiano
● de datas comemorativas
● de uma questão pendente de outro projeto
● de um tema proposto pela professora ou pelos alunos

Seu desenvolvimento implica em:
● Levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes, das suas curiosidades, do que os alunos desejam saber e ou fazer para aprender
● Montagem de um quadro de responsabilidades, divisão de tarefas, organização do tempo, previsão das etapas
● Levantamento das fontes de informação

Planejamento do trabalho de campo
● Levantamento dos recursos disponíveis e de atividades possíveis: livros, revistas, jornais, filmes, entrevistas, passeios, visitas, bibliotecas; experimentos, fotos, músicas
● Organização de sessões de estudo: registros, relatórios, resumos, vídeos, exposições orais, seminários, debates .
● Estratégias para buscar respostas às questões e hipóteses levantadas, como um levantamento das fontes a serem investigadas

Organização de um cronograma de trabalho e da previsão de atividades ou atividade de culminância.
O fechamento do Projeto – a síntese Implica a revisão do caminho percorrido, com a organização e a análise dos materiais coletados, das contribuições recebidas, das produções feitas. É o momento de avaliação do projeto - o que os alunos sabiam, o que descobriram, o que ainda querem (ou precisam) saber – e a divulgação dos resultados para interlocutores reais através de um mural, jornal, painel, dramatização, relato oral, etc.

Organização da Memória Histórica
● Organização de dossiê, portfólio, pasta ou Cd-rom
● Elaboração de um livro, de um vídeo
● Elaboração de uma peça de teatro
● Organização de uma exposição ou de um painel
● Composição de uma música, de um álbum, de poesias
● Criação de um folder explicativo sobre o tema estudado
● Elaboração de maquetes, gráficos, etc.

Como organizar as turmas?

Todas as crianças sabem muitas coisas, só que algumas sabem coisas diferentes das outras (WEISZ, 2009). Quais alunos serão chamados a participar das atividades de Acompanhamento Pedagógico? Um trabalho criterioso de seleção deve ser realizado de forma cooperativa pelo conjunto de professores da escola, com base nas avaliações realizadas e nos registros que possuem sobre os alunos, assim como nas orientações do Programa Mais Educação. Segundo as diretrizes do referido programa deverão ser contemplados os alunos que apresentam defasagem série/idade em virtude de dificuldades de ensino e de aprendizagem; alunos das séries finais da 1ª fase do Ensino Fundamental (4º e/ou 5º anos), onde existe uma maior evasão de alunos na transição para a 2ª fase; alunos das séries finais da 2ª fase do Ensino Fundamental (8º e/ou 9º anos), onde existe um alto índice de abandonos após a conclusão; alunos de anos onde são detectados índices de evasão e/ou repetência, e assim sucessivamente. A partir dessa seleção, é necessário um olhar mais atento para cada um desses alunos, com o objetivo de traçar um diagnóstico acerca de suas necessidades e identificar possibilidades de agrupamentos diversos que contemplem também seus interesses e potencialidades. O conhecimento das características dos alunos deve servir, não para classificá-los, mas como entradas para diversificar os dispositivos didáticos (PERRENOUD, 2000, p. 193).
A formação das turmas para as atividades de acompanhamento pedagógico, portanto, não deve prender-se às turmas do horário regular e pode, sempre que possível e conveniente, mesclar alunos das diversas séries/anos, valorizando a diversidade de saberes, experiências de vida e trajetórias escolares. Nesse sentido, a mediação do educador é fundamental para promover situações e vivências para que os alunos possam se expressar livremente, sentindo-se valorizados e respeitados neste espaço diferenciado de atendimento pedagógico. Qualquer que seja o agrupamento é preciso considerar a necessidade de estratégias pedagógicas diferenciadas capazes de promover aprendizagens significativas, possibilitando a cada aluno a superação das chamadas dificuldades na aprendizagem e a maior valorização do espaço e das experiências organizadas pela escola e incentivando-o a nela permanecer. Conforme Perrenoud (2001, p. 26): “Toda situação didática proposta ou imposta uniformemente a um grupo de alunos é inadequada para uma parcela deles”. Ter atenção à diversidade como eixo básico do planejamento pedagógico é uma idéia, que embora difícil de ser operacionalizada, precisa ser entendida e aceita como fundamental no momento contemporâneo. Aulas centradas na exposição oral do educador, atividades uniformes, estratégias didáticas únicas, objetivos não explicitados, planejamentos não partilhados podem ser considerados como desencadeadores do fracasso escolar para um número significativo de alunos, conforme Rheinheimer (2008).

Fonte: Programa Mais Educação Série Mais Educação Cadernos Pedagógicos Macrocampo Acompanhamento Pedagógico.